sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O segredo da maçonaria seria não ter segredos?



Nesse segundo post da série sobre maçonaria falaremos sobre como a maçonaria atua nos dias de hoje, e os segredos quehá muito tempo deixaram de ser segredo.
A maçonaria já foi acusada de tudo: fazer rituais sinistros, promover orgias, querer dominar o mundo (Até de estar por trás dos assassinatos de Jack, o Estripador)...
 Muita gente acredita que a organização controla governos e que seus integrantes usam cargos públicos para se ajudar mutuamente. Os maçons, no entanto, garantem que QUASE tudo isso é besteira. Eles não passariam de um grupo filosófico, filantrópico e progressista. Reconhecem que ajudam uns aos outros, mas que o dever de auxiliar um irmão está sempre sujeito à obrigação maior de cumprir a lei. Afinal, qual é a verdade sobre essa sociedade secreta?
Para começar, a maçonaria não é tão secreta assim. Em vários países, inclusive no Brasil, todo mundo sabe onde ficam as lojas maçônicas e quem são seus membros. Maçons publicam revistas e divulgam suas idéias em sites da internet. E, se antes mantinham seus templos imersos numa aura de mistério, hoje permitem visitas.
A julgar por iniciativas desse tipo, parece que a organização nunca foi tão aberta como hoje. Será que o grande segredo da maçonaria é não ter segredo algum, como dizem alguns irmãos? Pode ser. Mas o certo é que eles ainda mantêm sessões a portas fechadas. Angel Jorge Clavero, grão-mestre da Grande Loja da Argentina, tem uma explicação para isso. “A maçonaria não é secreta, mas discreta. As cerimônias que realizamos aqui só interessam a nós, são reservadas aos iniciados.” Para Clavero, é exatamente o que ocorre em qualquer reunião, seja de condomínio ou da diretoria de uma multinacional. “Se você não é dono de um apartamento no prédio ou diretor da empresa, não vão deixá-lo entrar.
O argumento do grão-mestre faz sentido. Por outro lado, diretores de empresas não costumam se reunir para debater filosofia, vestidos com aventais coloridos e rodeados de objetos simbólicos. Além disso, nem você nem seus vizinhos de apartamento precisam jurar segredo absoluto sobre o que foi discutido na reunião de condomínio. Na maçonaria, é assim que as coisas funcionam. Para entender os porquês disso tudo, o primeiro passo é levar em conta que não existe uma só, mas várias maçonarias.
Em 1717, 4 lojas de Londres se uniram na Grande Loja Unida da Inglaterra, que marcou o início da maçonaria atual. Em 1723, o maçom James Anderson compilou a tradição oral da irmandade numa constituição, cujos lemas eram ciência, justiça e trabalho. Quem não gostou de nada disso foi a Igreja, sentindo seu poder ameaçado por um grupo que rejeitava dogmas, aceitava seguidores de outras crenças e era contra a influência da religião na vida pública. Pior: discutia seus assuntos em segredo, o que só aumentava a desconfiança da Santa Sé. Em 1738, o papa Clemente 12 emitiu uma bula em que excomungava a maçonaria – ratificada em 1983 pelo cardeal Joseph Ratzinger, atual papa Bento 16.
O tiro saiu pela culatra. Quanto mais a maçonaria era difamada, mais ela atraía revolucionários – entre eles, o libertador sul-americano Simon Bolívar e o herói da independência americana Benjamin Franklin. A Revolução Francesa também assumiu os valores maçônicos, mas não com a intensidade que muitos imaginam. “Do mesmo jeito que alguns revolucionários franceses eram maçons, como Jean-Paul Marat, alguns opositores da revolução também eram”, diz o historiador inglês Jasper Ridley no livro The Freemasons (“Os Maçons”, inédito no Brasil). No século 20, a Igreja continuaria no encalço da maçonaria.
Com isso, percebemos que apesar de não ser aceita pela igreja católica a maçonaria vem se mantendo discreta, e por isso um tanto secreta, mas bastante influente.
Há quem diga que várias pessoas famosas seriam maçons, entre eles podemos citar o famoso Imperador Francês Napoleão Bonaparte.
Aguardem nosso próximo post sobre maçonaria.
Por: K.P. Rodrigues

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